Autoria: Décio
Matéria-prima: barro
Tamanho: 9 x 9 x 9 cm
Acabamento: pintura
A tradição dos Figureiros de Taubaté existe há, aproximadamente, 150 anos. Com a chegada dos Frades da Ordem de São Francisco à região no final dos anos 1600, iniciou-se o culto aos presépios: os moradores com melhores condições financeiras conseguiam importar as peças da Europa, enquanto os das camadas mais baixas produziam os seus. O grupo ganhou destaque com D. Maria da Conceição Frutuoso Barbosa (1866-1950), faxineira do convento da cidade, ao encontrar uma figura de Nossa Senhora danificada no sótão do edifício. Depois de muito insistir, os padres a autorizaram restaurar a escultura e o resultado surpreendeu a todos. Com a ajuda de um familiar, D. Maria transportou a imagem em uma carroça e utilizou estopa para completá-la. Sem o movimento das mãos por conta da hanseníase, Dona Maria firmava suas peças com o queixo. Em 1979, foi feito um concurso na cidade para que fosse criado o símbolo do artesanato local e a escultura vencedora tinha o formato de um pavão, perdurando a tradição da figura até os dias atuais.
