Etnia: Waurá
Matéria-prima: barro
Tamanho: 17 x 14 x 8 cm
Localização: Parque Indígena do Xingú
De grandes a minúsculas proporções, a cerâmica Waurá (autodenominação Waujá) é patrimônio cultural brasileiro caracterizado pelo alto nível de elaboração realizado pelos habitantes da margem direita do baixo rio Batovi, no Parque Indígena do Xingu, ao norte do Estado de Mato Grosso. De acordo com os Waurá, Kamalu Hai, um bicho parecido com uma cobra de pernas, foi visto no sonho do pajé na região onde é extraído o barro utilizado para o feitio da cerâmica. A partir de então, Kamalu Hai é visto como “o dono do barro” que proporciona os saberes e auxilia o feitio da tradição. As Kamalupi são como cobras que saíram do mar com pequenas panelinhas cantoras em suas costas. As peças confeccionadas são utilizadas, em sua maioria, durante os rituais da etnia e revestidas com elaboradas pinturas. Os grafismos fazem referência a uma série de interpretações, como peixe, rosto de arara, asa de mariposa, dente de piranha, jibóia, rio e cabeça de sucuri.