Etnia: Waurá
Matéria-prima: madeira
Tamanho: 48 x 18 x 16 cm
Localização: Parque Indígena do Xingú
De grandes a minúsculas proporções, a cerâmica Waurá (autodenominação Waujá) é patrimônio cultural brasileiro caracterizado pelo alto nível de elaboração realizado pelos habitantes da margem direita do baixo rio Batovi, no Parque Indígena do Xingu, ao norte do Estado de Mato Grosso. De acordo com os Waurá, Kamalu Hai, um bicho parecido com uma cobra de pernas, foi visto no sonho do pajé na região onde é extraído o barro utilizado para o feitio da cerâmica. A partir de então, Kamalu Hai é tido como “o dono do barro” que proporciona os saberes e auxilia o feitio da tradição. As peças confeccionadas são utilizadas, em sua maioria, durante os rituais da etnia e revestidas com elaboradas pinturas. O trabalho em madeira, como é o caso dos bancos, fica sob a responsabilidade dos homens, que saem pela floresta em busca da matéria-prima já caída. Os grafismos fazem referência a uma série de interpretações, como peixe, rosto de arara, asa de mariposa, dente de piranha, jibóia, rio e cabeça de sucuri.
*Valor referente à peça fotografada no fundo branco.